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Ponte Preta: Sanções do STJD e Tumulto após Dérbi
Por Redação FutPonte em 29/11/2024 12:31
Punição Imposta pelo STJD à Ponte Preta
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) impôs uma punição significativa à Ponte Preta, condenando o clube à perda de dois jogos com portões fechados em competições nacionais, além de uma multa considerável de R$ 40 mil. Essa decisão severa é consequência direta dos eventos ocorridos durante a partida contra o Guarani, em 20 de outubro, no Estádio Moisés Lucarelli, válida pela Série B do Campeonato Brasileiro.
A infração cometida pela Ponte Preta se enquadra no artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que versa sobre a responsabilidade do clube em prevenir e reprimir desordens em seu estádio, invasão de campo e lançamento de objetos. A equipe foi considerada negligente na prevenção e controle dos eventos que culminaram em graves distúrbios.
O departamento jurídico da Ponte Preta , em resposta à decisão, anunciou que irá recorrer da sentença, buscando reverter a punição imposta pelo STJD.
Consequências da Decisão do STJD
A penalidade imposta pelo STJD implica na realização do primeiro jogo de competição nacional (Copa do Brasil ou Série C) sem a presença da torcida. Entretanto, o STJD permitiu uma exceção, garantindo o acesso de mulheres, idosos, crianças e portadores de necessidades especiais ao segundo jogo em que a penalidade for cumprida.
Essa decisão reflete a complexidade da situação e o esforço do STJD em equilibrar a punição ao clube com a consideração das necessidades de alguns grupos de torcedores. A perda de receita com a proibição de público e o impacto da imagem do clube são fatores importantes a serem considerados.
Incidentes no Estádio Moisés Lucarelli
Após a derrota no clássico contra o Guarani, protestos contra os jogadores e a diretoria da Ponte Preta se iniciaram. A tensão rapidamente escalou, resultando em um confronto entre a Polícia Militar e parte da torcida. A PM utilizou bombas de efeito moral para dispersar a multidão, gerando ainda mais confusão dentro e fora do estádio.
Testemunhas relataram uma cena caótica, com aglomerações significativas, principalmente próximo aos vestiários, mesmo após 30 minutos do término da partida. Muitos torcedores permaneceram no estádio, esperando que a situação se acalmasse, enquanto outros aguardavam para evitar os confrontos.
A coletiva de imprensa do técnico Nelsinho Baptista foi cancelada por questões de segurança, devido à instabilidade na região do estádio.
Relato Policial e Consequências dos Conflitos
Em nota oficial, o Batalhão de Ações Especiais da Polícia (Baep) justificou o uso da força e a dispersão da multidão alegando que torcedores tentaram invadir o gramado. "Após o jogo entre Ponte Preta e Guarani, torcedores tentaram invadir o campo sendo impedidos pela Polícia Militar. Houve necessidade de uso da força e dispersão dos torcedores. Na parte de fora do Estádio outros policiais foram agredidos com pedradas e garrafadas. Do confronto restaram algum Policiais Militares e dois cavalos feridos", informou o comunicado.
Além dos policiais e animais, houve relatos de torcedores feridos durante os conflitos. O major Augusto Martinelli, comandante do Baep, declarou que o incidente terminou sem prisões, apesar da gravidade dos eventos.
Imagens divulgadas mostram objetos recolhidos pela polícia após a confusão, evidenciando a violência dos confrontos. A ausência de prisões levanta questionamentos sobre a eficácia das medidas de segurança e a capacidade de resposta das autoridades presentes no estádio.
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