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Ponte Preta Cumpre Punição: Jogo Sem Torcida Contra o Retrô na Série C
Por Redação FutPonte em 14/04/2025 10:51
Ponte Preta Enfrenta Retrô Sem Torcida em Casa na Série C
A Associação Atlética Ponte Preta terá seu primeiro jogo em casa pela Série C do Campeonato Brasileiro, mas sem o calor e o incentivo de sua torcida. O confronto contra o Retrô-PE, agendado para este sábado, às 16h, será realizado no Estádio Moisés Lucarelli com os portões fechados ao público.
Essa medida punitiva decorre de incidentes ocorridos após o clássico dérbi 208 contra o Guarani, em 20 de outubro do ano anterior. Na ocasião, confrontos entre torcedores e a Polícia Militar mancharam o evento, em um momento crucial da Série B, onde ambos os times lutavam para evitar o descenso.

Entenda a Punição Imposta à Ponte Preta
Inicialmente, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) havia determinado uma pena de dois jogos com portões fechados. Contudo, a Ponte Preta recorreu da decisão, e o Pleno do STJD reduziu a punição para uma única partida. A multa também foi atenuada, passando de R$ 40 mil para R$ 20 mil.
Apesar dos esforços do departamento jurídico da Macaca em reverter a decisão ou, alternativamente, permitir a entrada de mulheres, crianças e idosos, o Pleno manteve a determinação de portões fechados em votação unânime.
Ambas as equipes, Ponte Preta e Retrô, entram em campo buscando a primeira vitória na Série C. Em suas estreias, ambos os times empataram: a Ponte Preta conquistou um ponto ao empatar em 1 a 1 com o Figueirense, em Santa Catarina, enquanto o Retrô ficou no 0 a 0 contra o Tombense, na Arena Pernambuco.
Relembre os Incidentes que Levaram à Punição
A punição imposta à Ponte Preta está fundamentada no Artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que versa sobre a responsabilidade do clube em "Deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir: I - desordens em sua praça de desporto; II - invasão do campo ou local da disputa do evento desportivo; III - lançamento de objetos no campo ou local da disputa do evento desportivo".
Após a derrota no clássico, manifestações de descontentamento contra a equipe e a diretoria se intensificaram. Quando os ânimos se exaltaram, a Polícia Militar interveio, resultando em confrontos com a torcida, utilização de bombas de efeito moral para dispersão e tumulto nas imediações do portão principal do estádio.
Em decorrência da confusão, muitos torcedores permaneceram nas arquibancadas aguardando a normalização da situação. A aglomeração na porta dos vestiários persistiu por cerca de 30 minutos após o término da partida, tanto por parte de torcedores que protestavam quanto daqueles que buscavam evitar ferimentos em meio ao tumulto.
Pronunciamento da Polícia Militar Sobre o Caso
Em nota oficial, o Batalhão de Ações Especiais da Polícia (Baep) justificou o uso da força e a necessidade de dispersão após tentativas de invasão do campo por parte de torcedores. Segundo o comunicado, "Após o jogo entre Ponte Preta e Guarani, torcedores tentaram invadir o campo sendo impedidos pela Polícia Militar. Houve necessidade de uso da força e dispersão dos torcedores. Na parte de fora do Estádio outros policiais foram agredidos com pedradas e garrafadas. Do confronto restaram algum Policiais Militares e dois cavalos feridos".
Além dos policiais, torcedores também sofreram ferimentos durante o confronto. O major Augusto Martinelli, comandante do Baep, informou que o episódio se encerrou sem prisões.
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